Viver em sociedade é uma característica muito importante do ser humano. Buscamos nos aproximar de pessoas, seja para gerar uma nova família, construir sociedades, promover hobbies ou atender umanecessidade conjunta, entre tantas outras oportunidades para conviver e compartilhar questões comuns.
A busca de parceria é uma constante
Quando nascemos, temos uma parceria com nossos pais e mães – principalmente com elas, pela conexão e extrema dependência. Na adolescência, desenvolvemos novas parcerias com amigos, relacionamento amorosos e colegas do início da jornada profissional. Na vida adulta, vem a construção da família, uma parceria de conexão com um propósito muito forte. Com o nascimento dos filhos, inicia-se um novo ciclo e suas respectivas parcerias.
Parcerias podem significar muito por um período de tempo determinado, antes de acabarem se enfraquecendo. Por outro lado, existem parcerias marcadas por uma conexão muito forte e contínua.
Parcerias eficientes são geradas por situações iniciais
No ambiente profissional a relação de empregado e empregador sempre foi pautada pela necessidade extrema do empregado e a opção de escolha e imposição do empregador – isto é, “quer trabalhar aqui, tem que ser assim”.
Ao ingressar no mercado de trabalho, normalmente a parceria empregado-empregador é muito forte e positiva, promovendo bons resultados para os dois lados. Com o passar do tempo, o vínculo começa a se enfraquecer. Um processo extremamente natural, pois a relação pode não ser mais tão estimulante para empregador ou para empregado.
Por que as parcerias não preservam a sua eficiência inicial?
A questão aqui é que se observam jeitos, justificativas, razões e desculpas para manter as coisas como antes, mesmo sendo evidente a ineficiência desta parceria (ao menos para uma das partes).
Questões como: O colaborador já está aqui há tanto tempo, já fez tanta coisa….Falta pouco para me aposentar, vou aguentar por aqui….Eu não vou me aperfeiçoar, pois não ganho para isto….Se ele perder o emprego o que ele vai fazer da vida….
Tais situações são muito mais naturais do que se imagina. Não quer dizer que uma parceria não possa ser reestabelecida, muito pelo contrário: reavaliar a relação de forma constante é um caminho importante para que a eficiência perdure por mais tempo. Fomentar sempre isto nas parcerias é o melhor caminho.
Os términos das parcerias são extremamente necessários
Quando decidi interromper uma jornada corporativa, ainda em ascensão, para criar um processo pelo qual acreditava – e ainda acredito – ser mais significativo para mim, recebi uma mensagem muito preocupante. Ao comentarem minha decisão, 90% das pessoas expressaram:
“Eu queria ter a sua coragem.”
Entendi que a parceria para aquelas pessoas já não fazia mais sentido, pois não era mais relevantes para elas, como não foi mais para mim, motivando minha decisão de fechar um ciclo e iniciar outro.
No meu novo ciclo comecei a interagir com pessoas que tinham o mesmo desejo reprimido, além das pesquisas que reforçavam que a parceria já não existia mais, através de dados de insatisfação com o trabalho.
Viabilizar parcerias através de esforço e recompensa equilibrados
Uma parceria realmente importante e vantajosa para as partes não precisa de processos de promoção e de engajamento pontuais para fortalecer conexões. A grande questão está em reconhecer o desequilíbrio e atuar para que a união seja reestabelecida ou, caso não seja possível, tomar a decisão mais coerente de interrompê-la, pois, a partir deste momento, será prejudicial para ambas as partes.
Assegurar esforço e recompensa equilibrados é essencial para que a parceria perdure por mais tempo e de forma efetiva.
Insistir de forma contínua em uma parceria pode ser um grande erro
Insistir na parceria sem algo relevante para as partes é um grande erro. Isso ocorre quando as interações não são para reavaliar as condições, mas sim continuar praticamente da mesma forma pela qual foi concebida.
Uma boa parceria exige ajustes para manter a atratividade. Se não forem sistêmicos e apenas pontuais, o vínculo não será sustentável. Portanto, devem ser ajustes voltados para uma nova realidade, não um desejo pela volta ao passado.
Parcerias efetivas que sejam excelentes enquanto durarem
Se preocupar com as parcerias deve ser um fator predominante em qualquer relação, seja entre empresas, entre colaborador e empresa, entre líder e liderado, etc.
Uma parceria verdadeiramente efetiva é aquela que apresenta resultados motivadores para ambas as partes, fortalecendo o desejo de continuar.
Fatores importantes para fomentar parcerias efetivas
Alinhamento efetivo entre as partes
O propósito, objetivos e metas precisam estar claros e devidamente alinhados entre as partes.
Acordos e Responsabilidades definidos
Um acordo estipulado de forma bem transparente, com os direitos e deveres, ou seja, as responsabilidades definidas para que todos saibam exatamente o quefazer e o que se espera de cada parte.
Retroalimentar a parceria continuamente
Ajustes rápidos são requeridos para manter a motivação e sentido da parceria para as partes. Existem muitas variáveis envolvidas em uma parceria que precisam ser identificadas e ajustadas.
Conexão permanente
Se conectar efetivamente com as partes para manter a parceria ativa é fundamental, sob o risco de perder relevância e a falta de interação. A conexão trará a percepção clara de quais ajustes são necessários.
Foco no curto prazo
Mantenha o foco da parceria no curto prazo para viabilizar o longo prazo, o alinhamento com o propósito, objetivos e metas. Entenda o que está acontecendo agora para ajustar as necessidades e manter a conexão efetiva.
Quer saber mais? Assista ao conteúdo abaixo e bons estudos.