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Desenvolvimento profissional através da Coaprendizagem

Este conteúdo fala sobre coaprendizagem, como usar isso no seu desenvolvimento profissional e complementar aos estudos e aos aprendizados que você já vem habitualmente absorvendo.

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Treinamento Ineficiente

Padrão – Mediocridade

Para gente começar a interagir com esse assunto, eu queria fazer uma analogia muito clara, muito certa, que todo mundo já está cansado de saber, totalmente ciente, de que o nosso ensino é medíocre, padrão mediocridade. A gente se encaixa no modelo onde se busca o aprendizado onde mais pessoas estão buscando. Une-se esforços e pessoas para absorver o mesmo aprendizado. Mas cada um de nós tem  características e necessidades diferentes, a gente acaba ficando nivelado pela média. Algumas vezes, os cursos são avançados demais, outras muito básico, mas nunca é possível correlacionar o tempo disponível para aprender versus a real necessidade aprendizado. Qual é a melhor combinação possível disso? No modelo que a gente está acostumado, esse modelo tradicional de ensino ou modelo de cursos que as empresas têm, isso é um processo muito medíocre, fica na mediocridade, você não consegue absorver de forma produtiva aquele conhecimento. Algumas pessoas são mais tímidas do que as outras, evitam se expor, de perguntar. Outras, até conseguem aprender um pouco mais porque se expõem muito mais naquele período de tempo limitado daquele curso. Isso faz toda a diferença. Quando se fala sobre coaprendizagem, mostra-se um modelo que é feito sob medida para quem quer ter um maior custo benefício em relação ensino-aprendizagem. Mas, antes de entrar neste novo conceito, vamos falar ainda sobre o padrão que a gente está acostumado. As empresas hoje, se você procurar na internet, na Harvard Business Review, na Revista Forbes, matérias sobre o quanto se gasta em treinamentos e o quanto esses treinamentos são produtivos para as pessoas que fazem. Os artigos falam que as empresas gastam bilhões e bilhões de dólares globalmente em treinamentos totalmente ineficientes. Como fazer isso de forma diferente? A primeira coisa que se começa a pensar é como a gente sai desse padrão. Como a gente começa a ter a nossa individualidade. Para isso as pessoas precisam se perceber diferente. Pessoas têm buscas, necessidades, propósitos, tipos de informação, vivências totalmente diferentes umas das outras. São mais de 7 bilhões de pessoas no mundo, não têm uma com uma experiência idêntica a outra, não existe isso. As pessoas são diferentes.

Aprendizado Personalizado

Individualidade

Primeiro passo é como individualizar isso. Aprendizado individualizado é entender o que eu, individualmente preciso, para onde preciso navegar, o que preciso aprender, qual é a minha necessidade agora em relação à empresa, ou em relação à carreira que eu quero seguir, ou em relação à empresa que eu estou querendo desenvolver ou até em função da estratégia da empresa onde eu trabalho. Não importa, eu preciso entender qual é o meu papel e como eu me encaixo dentro de uma engrenagem maior. Essa engrenagem normalmente é um propósito maior que pode ser você querer empreender, montar o seu próprio negócio, a sua equipe, o seu plano de carreira ou estratégias efetivas de uma empresa que você trabalha. O que importa é que eu tenha um contexto e tenha uma necessidade de aprendizado em função a isto. Se não avaliar isso, você continuará a ficar na mediana. O que que vai acontecer? Vou receber conteúdos que para mim sejam muito básicos, muito fracos, muitos fáceis ou que estejam muito distantes da minha realidade que eu não consiga colocar em prática. Cada momento é importante para você identificar o seu próximo passo. A sua individualidade é essencial para você crescer profissionalmente, para você se desenvolver, ou seja, para você fazer acontecer. Se você ficar no padrão, seguindo a manada, você vai sempre aprender o que vier dali e talvez não seja sua necessidade naquele momento. Podem até ser conteúdos importantes e relevantes, mas pouco aderentes. Veja um exemplo clássico, o meu próprio. Eu realizei duas especializações, uma fiz logo após a minha graduação, mas foi muito rasa para mim em termos práticos. Conteúdo excelente, fantástico, vislumbrei coisas e fiquei com vontade de colocar em prática, mas a minha realidade era muito distante daquilo, eu não consegui colocar em prática. A segunda especialização, que eu fiz foi uma necessidade bem específica, onde eu estava preparado, vivenciando aquele conteúdo que eu ia ver. Para mim foi muito mais fácil e muito mais rápida a sua aplicação e a minha satisfação. O primeiro foi uma frustração e o segundo uma satisfação. São momentos diferentes, mas o meu momento me fez entender que aquele conteúdo, no momento, era o ideal. Não adianta você começar a fazer cursos, cursos e cursos e não pôr em prática, só vai se frustrar. Quanto mais você vê coisas acontecendo, talvez você fique mais desnorteado com as coisas. Comece por você, olhe a sua necessidade e a partir da sua necessidade vá construindo a sua evolução. Fiz só uma ilustração. Todos nós temos tamanhos de conhecimentos diferentes, temos um capital intelectual diferente em proporções, em áreas de atuação, em especializações, em vivência e  nós temos práticas diferentes. Nós somos especialmente beneficiados pelas características que a gente tem. Cada um tem uma característica única. A gente consegue ensinar muita coisa e aprender muita coisa. Não existe uma pessoa que vai conhecer tudo no mundo, é inviável, impossível, não tem como. Só que consigo direcionar o que preciso para atingir os próximos passos. Quem leu o livro do Cortella, onde ele fala sobre ‘O importante é o que importa’, na era da sabedoria, na era do conhecimento que se vive, não se dá importância para o que é realmente importante. A gente fica pegando coisas por modismo ou efeito manada. O que me preocupa hoje é essa quantidade absurda de conteúdos, não estou criticando em hipótese alguma, estou criticando a nossa aceitação a isso. O nosso tempo ficou mais escasso. Antigamente, se tinha muito mais tempo e se conseguia direcionar os conteúdos, porque os conteúdos eram mais restritos. Agora, os conteúdos são abundantes, gigantescos, pulverizados demais e se tem pouco tempo para isso. Se você analisar quantas lives interessantes acontecem num determinado horário que você não consegue seguir todas. Mídias sociais apenas de áudio, onde só se consegue acompanhar naquele momento, depois já era. Qual é a sua dependência? Vem a questão do FOMO, Fear of Missing Out, o medo de ficar de fora, de perder as coisas, não seguir o bonde, isso é um risco. O que eu queria trazer de coaprendizagem é que se consegue aprender mais rapidamente, além dos conteúdos que são destinados por especialistas, por YouTubers, não importa o que, mnuito além desses conteúdos, se consigo aprender através de uma rede, que quanto mais conectada, melhor. Sai daquele ambiente padronizado, onde eu tenho curso que é destinado para todo mundo, e você tem 50, 100 pessoas numa sala e todo mundo recebe o mesmo conteúdo. Apesar de se entender claramente que cada um está num nível de conhecimento, tem necessidade diferentes, todo mundo recebe o mesmo de forma nivelada. Para uma questão individualizada, começo a perceber o que eu preciso para seguir adiante. O que é importante para mim? para minha empresa? para minha equipe? para empresa que eu trabalho? o que é importante para empreender? Não importa onde, mas o que é importante em função do contexto que se precisa e, assim, trazer isto para a individualidade. Desta forma se começa a ver as dimensões para as pessoas de forma diferente, elas não são iguais, são totalmente diferentes, umas pessoas têm mais conhecimentos, outras tem menos em determinadas áreas e podem umas suprirem as outras. A mentoria vem daí. A mentoria é um processo clássico onde você consegue identificar pessoas que têm experiência necessárias para você, com as quais você se conecta para absorver essas experiências.

Aprendizado Compartilhado

Coaprendizagem

Vamos entender agora o que é o modelo de coaprendizagem. Um modelo totalmente conectado com sua necessidade. Imagine o que é preciso aprender nesse momento. Não adianta querer abraçar o mundo, olhar para uma situação e querer absorver todos os conteúdos possíveis. Primeiro, é necessário enxergar o que é preciso aprender primeiro. Qual é a minha base, qual é o fundamento para aquilo. Eu tenho base para aquilo, vou crescendo, gerando processos mais avançados, mais complexos, mas vou numa pegada evolutiva e não querer pegar o máximo possível, deixando uma lacuna, um vácuo entre o que eu sei e o que estão me ensinando. Essa lacuna que é o que acontece com a maioria das pessoas. Ministro treinamentos individualizados e o aprendizado é fantástico, totalmente personalizado, o conteúdo é totalmente adaptado à pessoa, à situação em que ela está, à necessidade de aprendizado dela naquele momento, além dos resultados que este modelo proporciona. As pessoas veem a diferença e é impressionante como conseguem perceber a diferença.  O que hoje não existe e é uma briga muito grande que eu tenho, é fazer com que as pessoas se conectem mais. Boa parte dos conteúdos que vocês absorvem ou que vocês aprendem podem ser muito mais sólidos e rápidos se você tiver uma rede conectada com pessoas e gerar coaprendizagem entre elas. Não importa se a pessoa tem mais idade, menos idade, mais experiência, menos experiência, tem domínio de uma situação, é avançado numa, básico na outra, não importa. Todos nós podemos ensinar e aprender, cabe a gente se doar a isso. Essa conexão, essa rede de conexões onde rola a coaprendizagem, onde as pessoas aprendem de forma prática, das suas vivências, as suas experiências entre elas é o que vai fazer a gente se movimentar mais rápido. Se ignorar isso, continuaremos no processo tradicionalzinho e torceremos para que os conteúdos que estão sendo passados por grupos padrão atendam a minha necessidade de uma forma razoável, pelo menos. Essa é a grande diferença entre um modelo e outro. Os modelos de conteúdos específicos, conteúdos técnicos vão continuar existindo, são super importante, mas tem muita vivência que você consegue aprender e evoluir por erros e acertos das pessoas que estão aí. Quer um exemplo clássico? Toda pessoa quando chega no sucesso, tem sua visibilidade forte no mercado, é chamada para falar para todo mundo. As perguntas que são feitas para essas pessoas são ‘Quais foram as suas dificuldades?’, ou ‘Como é que você enfrentou suas dificuldades? O que você sofreu, quais foram seus maiores erros?’ Todos nós temos isso. Não preciso pegar uma pessoa que foi bem-sucedida em algo para depois extrair o que ela tem para ensinar. Isso está errado. Todos nós temos isso, a gente não aproveita isso. Não preciso esperar uma pessoa ser famosa para dar crédito e valor aos mesmos erros que muitas pessoas estão cometendo. A situação de acertar ou errar é relativa, só que quando a pessoa acerta ela tem um patamar diferente de experiência daquelas que ainda não acertaram. Isso não desqualifica em hipótese alguma ninguém. Acho que a gente precisa começar a aprender mais com as pessoas, muito mais entre as pessoas. Se ignora o fato muito grande que é de se relacionar, de aprender, de conviver, de fazer com que isso traga conhecimento valioso, prático, palpável, real, do dia a dia para as nossas vidas, para nossa carreira profissional, para nossa empresa ou para nosso empreendedorismo. Pense, não fique à mercê apenas de conteúdos de pessoas que acertaram uma vez, mas erraram dez. Tem muita gente aí que já errou nove, que pode ensinar muito e está sendo ignorada. Acho que não existe certo ou errado. O problema é quando você erra e para. Quem erra e para não consegue ensinar. Quem erra e continua tem muito a ensinar. Te garanto que a maioria das pessoas hoje tem muito a ensinar. Se conecte com pessoas, troque experiências, traga conhecimentos que talvez você nunca vá ter na sua vida, caso você não tivesse se conectado com essa pessoa. Então, rede de relacionamento, coaprendizagem, como é que você se conecta e gera novas aprendizagens para as duas partes. Não é só ir lá e absorver, é troca, é compartilhar, ambientes colaborativos, coaprendizagem. Não deixe isso para depois. Quanto mais cedo você começar a se habituar com isso, mais rápido você vai se desenvolver, mais rápido você vai enfrentar situações e mais rápido você vai sair das situações que você acha que é inviável para atingir os seus objetivos. Para se contextualizar do que estamos falando, existem alguns pilares que suportam essa estratégia de coaprendizagem, que estão relacionados a individualidade, desenvolvimento personalizado, que são:

Pilares

  1. Autonomia do Colaborador

A sua autonomia, você direciona o aprendizado a partir do que é importante aprender. É a sua autonomia, a autonomia do colaborador, da sua equipe ou da sua empresa, não importa. Autonomia é fundamental, pois é onde as pessoas irão identificar o que e para que precisam aprender.

  • Relacionamentos produtivos

Consolida a relação entre as pessoas como parte essencial de um processo de desenvolvimento. Quanto mais confiança, quanto mais consolidação, quanto mais relacionamento tiver, mais produtivo vai ser.

  • Aprendizado personalizado

Você recebe o que precisa no momento que precisa e isso é fantástico, não gera frustração, por que você está crescendo, se desenvolvendo em cada etapa. É uma criança dando os primeiros passos, tudo é por etapa, não adianta a criança querer correr, sair correndo se não conseguiu ainda nem engatinhar. Existem etapas que precisam ser seguidas e respeitadas. É a sua necessidade, comece a absorver e evoluir com as suas necessidades.

  • Domínio gradativo do conhecimento

Identifica-se o ponto de partida das pessoas e, a partir daí, que elas consigam se desenvolver depois com ajuda e até sozinhas. Tem os autodidatas que fazem isso, começam o seu processo de desenvolvimento gradativo, evolutivo.

Esses quatro pilares suportam essa, que para mim é uma forma de aprendizagem muito rica, com potencial enorme de evolução das pessoas e não está somente fadada a conteúdos bem específicos, bem técnicos, onde talvez você não consiga absorver na íntegra, porque o seu fator, o ponto de partida, a sua individualidade não estão sendo considerados.

Para fechar, uma frase que eu gosto, muito importante para gente refletir e usar isso como fechamento dessa aula.

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” Paulo Freire Comece a se conectar em rede com as pessoas e trocar experiência, troque aprendizagem, ensine e aprenda. Isso é uma constante. Não é porque você tem mais dinheiro ou menos dinheiro, mais experiência ou menos experiência que você não pode ensinar e aprender.

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